A Malformação Arteriovenosa (MAV) cerebral é comunicação anormal entre artérias e veias, interposta por um tecido malformativo chamado nidus, situada na superfície cerebral. Essa condição pode necessitar de tratamento pelo risco de ruptura espontânea, que pode levar ao AVC hemorrágico.
Quais são os tratamentos?
De maneira geral, o tratamento das MAVs cerebrais é multi-disciplinar, o que quer dizer que vários tipos de especialistas podem ser necessários. Dependendo do tipo de manifestação da doença em cada paciente, pode ser empregado um dos tratamentos a seguir, combinados ou não entre si.
- Embolização: realizada pelo neurorradiologista intervencionista.
- Cirurgia aberta: realizada pelo neurocirurgião.
- Radiocirurgia: realizada pelo radioterapeuta.
Cada caso deve ser individualmente avaliado, para que os médicos possam propor o tratamento que julgam mais adequado para o paciente. Dessa forma, são avaliadas várias características, como o tamanho e a localização da MAV, sintomas relacionados, riscos dos procedimentos e outros.
No dia da consulta, podem ser solicitados exames complementares, como sanguíneos e de imagem, especialmente a Ressonância Magnética e a Angiografia Cerebral. Com essas informações clínicas e complementares, o paciente e seu médico poderão tomar juntos a melhor decisão em relação ao tratamento.
Como é a embolização?
Esse procedimento é realizado com anestesia geral, em aparelho de angiografia, sob visualização de raio-X, através de um ou mais acessos arteriais, geralmente pela região da virilha. São utilizados cateteres-guia para cateterização seletiva do território onde se localiza a malformação a ser tratada.
Os materiais necessários para a embolização são utilizados por dentro do cateter-guia para acessar a lesão e preenchê-la de material embólico líquido para acabar com a circulação de sangue na comunicação, resolvendo o risco de sangramento.
Ao término do procedimento, o paciente é acordado da anestesia e permanece em internação hospitalar por mais alguns dias. Pode ser necessária mais de uma sessão de embolização, dependendo das características da lesão, para que o tratamento seja o mais seguro possível.